Comum no ramo imobiliário, modelo de financiamento é usado para pagar viagens e até cirurgias
A aquisição da casa própria ou do primeiro automóvel costuma ser um
grande passo na vida de muitas pessoas. Ter um montante razoável de
dinheiro em conta para pagar à vista por um bem foge da realidade da
maioria da população brasileira e, nesses casos, o mercado conta com
diferentes soluções para além de uma poupança comum ou um financiamento com juros altos.
Consórcio: modalidade de financiamento
Alternativa conhecida, mas ainda confusa para muitas pessoas é o
consórcio. Por meio dele, o comprador adquire uma carta de crédito que
pode ser usada no pagamento à vista de bens e serviços, o que pode
ocorrer nos primeiros meses ou ao final do contrato. Ou seja, é possível
receber antecipadamente um valor que você ainda está pagando e, desse
modo, realizar seu projeto mais rápido do que o planejado.
Como funciona
Para entender como isso é possível, é necessário explicar como
funciona o consórcio. Ele é considerado um autofinanciamento, no qual um
grupo de indivíduos soma recursos mensais que, juntos, resultam no
valor que será distribuído para cada um.
Todo mês, uma carta de crédito é sorteada até que, ao fim da duração
do grupo, todos tenham recebido o mesmo valor. Essa ordem de
distribuição é definida por sorteio e os participantes podem aumentar
suas chances de serem contemplados antecipando o pagamento de cotas.
Sua operação é regulamentada pelo Banco Central e as instituições que
oferecem esse serviço, financeiras ou não — seguradoras também oferecem
consórcios —, cobram taxa de administração desses grupos. Portanto,
embora o consórcio não incida juros propriamente ditos, isso não
significa que ele não tenha custos. Segundo os especialistas em
finanças, o pagamento à vista é sempre a melhor opção.
Esse tipo de distinção é importante ser feita, porque, em muitos
casos, o consórcio é vendido como uma forma de investimento, quando, na
verdade, é um financiamento. Como toda operação financeira, ele também
incide riscos que vão desde o inadimplemento dos demais participantes do
consórcio até a falência da instituição administradora do grupo.
Também é preciso estar atento ao valor a ser oferecido e se ele se
encaixa no projeto de aquisição do bem em questão, possíveis taxas,
garantias a serem apresentadas ao receber a carta de crédito, regras de
contemplação por sorteio, entre outras.
O que considerar
Vantagens
Não é simples, mas o consórcio oferece uma série de vantagens quando
comparado às demais formas de financiamento. A principal delas é que a
carta de crédito permite o pagamento à vista na hora da compra, o que
aumenta o seu poder de barganha no mercado.
Outra vantagem do consórcio é que ele ajuda no planejamento
financeiro. Como é possível definir o número de parcelas e,
consequentemente, seu valor, o consórcio se torna uma excelente opção
para todos os perfis de pessoa física ou jurídica. Ele também confere
maior flexibilidade, já que é possível vender sua participação para
terceiros ou, até mesmo, desistir.
Desvantagens
Essas decisões, contudo, precisam ser bem estudadas, pois podem estar
sujeitas a maiores custos e prazos. No caso de consórcios de prazos
mais longos, a taxa de administração pode ficar mais cara. Em caso de
desistência, o valor pago é devolvido corrigido, mas apenas no
vencimento do prazo de duração do grupo.
Outra desvantagem do consórcio é a incerteza em relação à data em que
ocorrerá a entrega da carta de crédito. Por isso, ele é indicado para
aquelas pessoas que não precisam do bem imediatamente e que, por isso,
podem esperar para adquiri-lo. Nos casos de consórcio imobiliário, isso
pode ser um problema, pois o mero azar pode atrasar o sonho da casa
própria.
Por Rafael
Fonte Porto Gente
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