O tradicional planejamento a médio e longo prazos tem levado o produtor rural e empresas do segmento a priorizarem tecnologia embarcada e o consórcio, diz Rossi
A crescente presença do agronegócio na economia brasileira deve-se a vários fatores diretos e indiretos. Apesar da pandemia da Covid-19, o setor não parou e não deixou de atender as necessidades essenciais do mercado brasileiro e continuou exportando.
Aliado ao anúncio de mais uma quebra de recorde da safra de grãos, plantio de novos produtos e maior desenvolvimento da pecuária, os produtores rurais têm desenvolvido novas técnicas de produtividade, maximizando-as com novos equipamentos e contando com a participação do Sistema de Consórcios na viabilização das aquisições de equipamentos e no aumento da rentabilidade.
Recente levantamento, feito pela assessoria econômica da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, junto às administradoras associadas que atuam no segmento de veículos pesados, no qual estão inseridos máquinas e implementos agrícolas, revelou um avanço no total de consorciados ativos.
De março de 2015 até maio último, o setor apresentou crescimento de 68,2% no volume de participantes, o equivalente a uma ascensão de 69,5 mil para 116,9 mil. Do total, 70,6 mil eram produtores rurais pessoas físicas, equivalentes a 60,4%; as pessoas jurídicas corresponderam a 31,6%, com 36,9 mil; e com 9,4 mil outros prestadores de serviços representaram 8%.
"O avanço constante do consórcio de máquinas e implementos agrícolas apoia-se em diversos fatores. Em muitas ocasiões, está na disponibilização de crédito, limitados em prazos, critérios e taxas. Por outro lado, no consórcio, por se tratar de autofinanciamento, o produtor pode, a qualquer tempo, aderir a grupos em formação ou em andamento, podendo escolher os prazos e durações mais adequados às suas necessidades, com opções variadas de créditos desejados", diz Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC.
Independente da cultura, de acordo com a safra planejada e de forma simples e acessível aos planejamentos no agronegócio, a modalidade pode se ajustar aos objetivos do produtor.
Na pesquisa, a taxa média mensal dos consórcios praticada foi 0,111% ou 1,33% ao ano, com prazos médios de duração de grupos em 110 meses, representando custos finais menores inferiores aos disponíveis no mercado financeiro, um dos diferenciais da modalidade.
Com créditos praticados entre R$ 80 mil e R$ 461 mil, constata-se a relevância do consórcio nos mais diversos tipos do agronegócio, em especial para os que planejam ou pretendem comprar máquinas e equipamentos móveis e fixos de forma mais simples e econômica, com mais tecnologia embarcada e que gerem mais lucratividade.
Destaque-se que, com os créditos disponibilizados por ocasião das contemplações, 50,7% dos consorciados adquiriram tratores de rodas, 21,7% tratores com esteira, seguidos de 20,3% com implementos agrícolas/rodoviários, e 7,3% com colheitadeiras e cultivadores motorizados.
Com a divulgação de nova safra recorde para 2020/2021, divulgada pelos analistas, os itens soja, arroz, milho, cana de açúcar, entre outros, são os mais indicados como líderes das commodities agrícolas brasileiras.
FORMAS DE PAGAMENTOS DIFERENCIADAS
No agronegócio, de acordo com os diversos tipos de culturas e as variações de épocas de semeadura e colheita, tanto na mono como na policultura, e ainda na pecuária, há diversas formas de pagamento das parcelas dos consórcios:
1 - Pagamentos normais;
2 - Pagamentos por safra - pagamentos anuais;
3 - Pagamentos por safra - adiantamentos - pagamento trimestral ou semestral; e
4 - Meia parcela (reforço trimestral ou semestral).
Até maio, havia 350,65 mil participantes ativos no setor de veículos pesados, sendo que 33,3%, ou seja, 116,9 mil, tinham como objetivo a aquisição de bens vinculados ao agronegócio. Os consorciados estavam divididos em: 44% no Sul; 30% no Centro-Oeste; 15% no Sudeste; 8% no Norte e 3% no Nordeste.
"O tradicional planejamento a médio e longo prazos, básico do agrosetor, tem levado o produtor rural e as empresas do segmento a priorizarem tecnologia embarcada com mecanismos de autofinanciamento como o consórcio. Os objetivos principais continuam sendo reduzir custos, agregando lucratividade e ampliando os volumes de produtividades, tornando os resultados competitivos tanto no mercado externo como no interno", completa Rossi.
Fonte Segs Seguro
Nenhum comentário:
Postar um comentário